10.2.09

Projeto Gui Duvignau & Pedro Caldas - Sem título

Embrião do projeto experimental desenvolvido em conjunto - Muitas horas ininterruptas de bateção de cabeça, barulhos e café. Esperamos que isso se torne algo maior e que possa eventualmente virar um CD ou algo do gênero....

A proposta é de fazermos uma produção composicional, ou uma composição produzida - enfim, algo que envolva processos de composição "tradicional" com técnicas de produção contemporânea.

Não temos um nome ainda porque estamos bem no começo de um projeto maior, mas qualquer opinião é bem vinda ;)

Aumentem o som, fechem as janelas e aproveitem!

Clique aqui para escutar: Sem Título

Composição, produção, execução, captação e todos os outros "ãos" de Pedro Caldas e Gui Duvignau

1 Comments:

Blogger diegojohnson.com said...

Pedrão e Gui, ouvindo a musica nova de voces imaginei um casal dancando num espaço de um metro quadrado, fazendo todos os passos possíveis dentro desse perímetro mínisculo. Tres notas são ouvidas apenas - e logo echoadas na mente do ouvinte, como se permanecessem apesar de não serem expressas - delimitando assim o perimetro. Na matemática entre o 0 e o 1 existem infinitos intervalos - para que mais?.

Neste intervalo ouvimos texturas, contrapontos, dissonancias, arritmias e contratempos que parecem ser a contradição da música incorporada a ela mesma.

Mas o mais estranho foi ouvir a mudança repentina de uma música que parecia andar em círculos nostálgicos a uma espécie de narrativa quase que heróica. O volume sobe, o piano toma a frente com o baixo acompañando, e parece que começamos a andar. Aquilo que ouvimos antes parece agora ter sido o prelúdio ao centro da música - esta história que está para ser contada. Só que é apenas uma ilusão; ela volta a cair de volta aos círculos. Tudo que começa deve terminar e voltar ao fluxo.

Quero voltar agora ás dissonancias, contrapontos e arritmias. Nós a ouvimos pela primeira vez entre a "introdução" de tres notas e a "narração", antes da metade. O piano e o acordião repetem a mesma nota fora de tom e fora de tempo. Mas esta fissura só ganha sentido no final, quando retornam para fechar a música - como se o tom/nota estivesse retornando a origem som/barulho.

Começo e fim são delimitações arbitrarios no fluxo do tempo, e o campo da música é a delimitação arbitrátria do fluxo do som. Esta peça, o casal que dança em um metro quadrado, é esta dualidade.

11:30 PM  

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